[Ones] Um Epílogo para A Culpa é das Estrelas

1/27/2014


Primeiramente peço mil desculpas com o repentino '' sumiço '' de curto período, acreditem antes de viajem e depois de viajens, a minha casa vira praticamente uma zona! E amanhã ainda é o meu primeiro dia de aula ( o da Eyshila só é daqui a um mês. Sortuda! u.u rs ). Outra coisa importante é que o texto que vou divulgar não foi escrito pelo nosso João Verde, o John Green. E também não foi feito por mim nem pela Eyshi, foi retirado do site de Fanfictions ( o Nyah Fanficton ) e principalmente o blog não está cometendo nem um plágio!
Depois de ter assistido '' com um olho na minha lágrima '' o trailer que vazou de ACEDE , e por umas ideias que estava tendo com a Eyshila , nós duas pensamos em divulgar um pouquinho a forma em que nós conhecemos ou seja, as Fanfics.
Existe inúmeros gêneros e temas, e eu por acaso acabei achando essa , que eu vou mostrar para vocês hoje e que eu achei completamente bem escrita e só me fez querer um pouquinho mais do Gus e da Hazel.
 Recomendo a todos que já leram o livro e que dê uma espiada no último capítulo e encare o texto como um epílogo, não escrito pelo John Green mas por outra leitora que também amou o livro e escreveu isso para outros fãs.
Sem mais delongas, boa leitura! :)

Nota da autora : 

Certo, certo. Aqui vão algumas coisas: eu adorei essa ideia - que vocês, se lerem até o fim, descobrirão qual é -, mas eu nunca me senti no direito de tomar a Hazel Grace e fazer dela uma personagem minha, por isso isso é uma Oneshot. Eu poderia levar a história adiante mas, como o próprio John Green diz, todos os personagens morreram no momento em que a história acabou. Foi muito, muito difícil para mim escrever essa short, porque TFiOS é a minha vida. É o meu UAI. Por isso, escrevi a short mais para mim do que para qualquer um, tanto que eu nem cheguei a divulgá-la, então... se você ler, saiba que está lendo algo o qual eu fiz de coração.

Mesmo alguns meses depois, eu continuei frequentando o Grupo de Apoio. Apesar de o Coração Literal de Jesus ter sido o lugar onde eu conheci o Gus, o lugar em que seu pré-enterro foi realizado e o lugar que me puxava cada vez mais para os efeitos colaterais de se estar morrendo, eu achei que devia isso a minha mãe. Não só a minha mãe, como ao Gus e ao Isaac, que parecia gostar do Grupo de Apoio mais do que um adolescente normal poderia admitir. Por isso, na quarta-feira, peguei o meu carro para ir buscar o Isaac na casa dele, como passou a ser de costume.
— Olá, Hazel do Grupo de Apoio e não a Monica, minha ex-namorada do mal. — Ele disse logo depois que sua mãe o ajudou a se acomodar devidamente no banco do carona, e então se despedir de mim.
— Oi, Isaac — respondi, voltando a dirigir em direção ao Coração Literal de Jesus. — Está mais bonito do que normalmente.
— Obrigado. Se não fosse por você, eu nunca saberia.
Aí eu coloquei um CD do The Hectic Glow para tocar. Não era a minha banda favorita e nem a do Isaac, mas era como se o Gus estivesse ali com a gente. Era o CD que havia vazado na internet logo depois de o Augustus Waters partir desta para melhor, me abandonando até mesmo na nossa terceira dimensão telefônica.
É deprimente, é claro. Se, segundo o meu médico, antes de conhecer o Gus eu nadava em uma depressão clínica, sabe-se lá o que ele diria de mim depois de sua morte. Eu ainda não havia me livrado da flor laranja berrante que ele havia me dado antes de me dizer que iria me levar até Amsterdã, meu histórico de lidas no Preço do Alvorecer passou a quase alcançar as vezes em que li Uma Aflição Imperial, e eu não me lembro da última música que escutei que não fosse do The Hectic Glow. Eu não me orgulhava, mas sabia que minha história não estava fadada a grandes atos. Eu não era o tipo de “guerreira do câncer”, que supera todos os obstáculos. O Augustus Waters não era alguém superável.
Já no Coração Literal, e eu o Isaac descemos o elevador. Apesar de ser uma coisa que se faz quando se está nos seus Últimos Dias no Grupo de Apoio, o Isaac não era muito fã de precisar de ajuda, e a minha coordenação motora, ou a falta dela, não me permitia ajudar o Isaac a descer as escadas e ainda descer o cilindro de oxigênio sem deixar que um dos dois caia. Por isso, éramos os únicos a usarmos o elevador sem recebermos aquele olhar agoniante de pura pena. Era por isso que ir ao Grupo de Apoio era suportável. Parecia o único lugar do mundo onde não recebíamos pena, porque estávamos todos no mesmo barco. Uns estariam nele por mais tempo que outros, mas isso não mudava a gravidade dos fatos.
Comemos biscoitos e tomamos limonadas até o Patrick pigarrear para que nós nos sentássemos em nossos lugares. Daí começou a coisa de sempre: Patrick falando sobre seu câncer deprimente nas bolas, nos desanimando ainda mais com seu exemplo de vida, quase nos fazendo querer morrer ali mesmo só para não corrermos o risco de nos tornamos o poço de otimismo que ele se tornou, mesmo não tendo nenhuma razão para ser otimista. Olhei para o Isaac, que estava sentado logo ao meu lado. Ele suspirou. Eu suspirei. Era quase como se o Gus Waters nunca tivesse existido.
O coração do Senhor estava mais cheio do que de costume naquele dia — e com cheio, eu quero dizer quase meia dúzia de adolescentes cancerígenos infestando o Coração Literal de Jesus. Olhei ao redor, notando que ninguém, ninguém mesmo, havia faltado. Acabei pegando Lida, a forte, olhando para mim, e tentei desviar o olhar antes que ela fizesse alguma coisa, mas ela acabou sorrindo e fui forçada a sorrir de volta. Há algumas semanas, eu havia notado que não era muito fã da Lida. Na verdade, eu havia notado que qualquer um que levasse humor negro a sério, não era capaz de manter uma conversa de cinco minutos comigo. Alguns novos azarados haviam entrado para o Grupo de Apoio, pessoas as quais eu nunca dirigiria a palavra em toda a minha vida, o que queria dizer que eu não precisaria evita-las por muito tempo.
O tempo se passou rapidamente, como em todas as sessões. Você pode imaginar que ir até um lugar onde não se quer ir pode ser, na melhor das hipóteses, torturante, mas não quando a maioria das pessoas tiram todas as duas horas disponíveis para falar em curas milagrosas e coisas que nunca irão acontecer com a gente. Eu e Isaac suspiramos tanto um para o outro, como fazíamos sempre que alguém dizia algo idiota, que quase gastei todo o oxigênio do meu cilindro. Quando finalmente acabou, Isaac tateou o ar a sua frente a minha procura, e eu logo me levantei para lhe dar o meu braço.
— Opiniões sobre a reunião de hoje — exigiu.
— Foi quase como se estivessem competindo com o nosso câncer, para ver quem nos mata primeiro.
Isaac riu, e então nós nos desviamos de todos os otimistas para subirmos o elevador e voltarmos para o meu carro. O caminho de volta foi silencioso. Eu e o Isaac não fazíamos o tipo falante. Nossa amizade era baseada em videogames para cegos em sua casa e minhas caronas para o Grupo de Apoio. Além do mais, Isaac era o único que sabia o que fazer quando algo acontecia e, subitamente, eu começasse a chorar, sentindo falta do Augustus Waters.
Deixei o Isaac em casa como de costume, o acompanhando até a porta da frente. A mãe dele me convidou para jantar, mas recusei. Eu queria ir para casa e nadar na minha depressão clínica.
Quando cheguei em casa, minha mãe logo se jogou para cima de mim. Mamãe odiava quando eu ia para o Grupo de Apoio sozinha, mas havia me deixado um pouco mais solta depois que descobri sobre seu curso na Universidade de Indiana. De vez em quando, eu a ajudava a estudar, enquanto estava conectada ao Felipe.
— Hazel. — Me deu um beijo na bochecha. — Eu fiz panquecas.
Meus pais estavam com essa coisa, achando que eu queria café da manhã no jantar desde que voltamos de Amsterdã. Era ridículo, mas eles gostavam e virou uma tradição. Tipo os seus McEggs caseiros no café da manhã.
— Não estou com fome, mãe. Pode me ajudar? — Eu disse, indicando o cilindro. Estava na hora de trocá-lo, e eu me sentia cansada. Estava ponderando a possibilidade de já ser conectada do Felipe.
— Ah, sim. — Andei mais um pouco para me sentar no sofá enquanto minha mãe trazia mais um cilindro. Tentei ajuda-la a trocar, mas ela simplesmente não deixava, como se eu fosse uma retardada ou algo assim. Ela continuou a tagarelar enquanto isso. — Mas eu realmente acho que você deveria comer. Você está tão pálida...
Suspirei. Meu pai entrou na sala, estalando um beijo na minha bochecha.
— Oi, querida. Como foi o grupo de apoio?
— Tudo bem — respondi vagamente. — Mãe, posso comer na cama?
Minha mãe não gostava da ideia. Mesmo assim, suspirou e se levantou, terminando seu trabalho.
— Pode, Hazel. Pode.
Então eu fui para o meu quarto, fechando a porta e trocando minha roupa por um pijama. Obviamente, aquele era um processo um tanto demorado por causa da cânula, mas quando finalmente terminei, fui ao banheiro checar minha aparência. Eu estava um pouco pálida por causa do tempo que estava de pé, me trocando, mas eu gostava de ficar ali, escovando os dentes enquanto observava as flores do Augustus. Feias e murchas, como se soubessem da sua morte.
Fui para a cama e minha mãe me trouxe panquecas. Ela e meu pai se aconchegaram comigo para assistir aos episódios gravados da primeira temporada de America’s Next Top Model, ao qual assistimos juntos. Depois de comer, fui finalmente conectada ao Felipe, e meus pais me deixaram em paz.
Abri meu exemplar de Uma Aflição Imperial para ler, e fiquei ali por algum tempo até minha mãe voltar com um papel dobrado em mãos.
— Hazel, querida...
Olhei para ela. Mamãe usava o mesmo tom que meu médico usou quando me disse que eu sofria de câncer.
— Achei isso na nossa mala. A mala que usamos para ir para Amsterdã.
— O que é? — Senti meu coração se acelerar.
— Acho... — Ela engoliu em seco. — Acho que é do Gus.
Perdi o ar. E, acreditem, eu conheço essa sensação melhor do que ninguém. Peguei o papel dobrado tão rapidamente que quase perdi o ar no movimento. Abri o papel para encontrar apenas um lado da folha coberta pro uma escrita que eu sabia que era do Gus, pela última carta que ele enviou para o Van Houten.

“Hazel Grace,
Espero que, quando achar isso, meses e, com sorte, anos, já tenham se passado. Escrevo isso acreditando que, logo depois que morri, algum herói reparou em algo sobre o câncer e salvou a sua vida. Escrevo isso com todas as alucinações que ando tendo com você, acreditando que você irá crescer, ter filhos e nomear um deles em minha homenagem. E assim eu serei eternizado. O pequeno Augustus irá reparar em toda merda do mundo e consertar todas elas.
Hazel Grace, você me tirou noites de sono de várias maneiras, mas uma delas foi pelo motivo de você ter gasto o seu único Desejo com a Disneyworld. Não, eu não te perdoo, mas te dou outra chance. Como sabe, eu tive a incrível e única chance de contrair câncer pela segunda vez e, com isso, ganhei mais um Desejo. Novamente e sem arrependimentos, eu entrego ele a você. Já deixei claro para os Gênios. Tudo que tem a fazer é mostrar essa carta a eles. Pelo amor de Deus, Hazel Grace, se você gastá-lo com a Disneyworld ou com o Van Houten, eu juro que volto dos mortos pra te assombrar nos dias mais ensolarados. E não se sinta culpada, Hazel Grace. Sei que a sua saúde está as mil maravilhas agora, porque entre tanta porcaria em volta, a vida nos mantém vivos enquanto pode, só para nos ferrar. Eu sei disso. Eu estou tão novo para isso, Hazel Grace...
Vou sentir falta de dizer o seu nome. Vou sentir falta de olhar para onde o balanço pedofílico estava, lembrando de que fizemos uma boa ação. E eu sinto sua falta, Hazel Grace. Eu te amo, no melhor estilo Isaac-pré-cegueira.
Do seu,
Augustus.”

Escrito por : Adorabubble  ( Nome da conta no site )
Para acessar a história postada clique aqui

Eu não sei se todos leram, mas... Eu achei tudo tão... '' Okay '' , que tinha que postar para aqueles outros fãs de ACEDE . Teremos esse ano o filme e eu já me pronunciei de levar um estoque de lenços para eu e minhas amigas e até para aqueles que ainda não leram o livro , sei lá rs... 
Acho que fiquei meio sem palavras =P. Mas ,espero que tenham gostado do epílogo feito pela Bubble e por conhecerem ( tem gente que conhece e acaba não gostante muito porque não sabe procurar direito as histórias a qual '' pertence ao seu gosto '' ) um pouquinho mais desse mundo das Fics. Se tiverem gostado da ideia, quem sabe eu e a Eyshila não apresentamos mais histórias assim a vocês , originais ou de algum livro que você está esperando a continuação ( talvez lendo um pouquinho, a ansiosidade passa e o livro lança mais rápido *-* ).

Beijos!

2 comentários:

  1. Infelizmente não li seu post.
    Não me entenda mal, é que não gosto de ACEDE, e acho uma perda de tempo em ler alguma coisa relacionada com ele.
    O.K, o livro é bom, mas não é essa coca-cola toda de que todos falavam, não gosto muito da escrita de John Green, acho ela cansativa, só para ter uma ideia, eu li em pdf, e quase dormia em cima do computador, a mesma coisa vale para OTK, o único livro dele BOM MESMO é Cidades De Papel, se ele tivesse só publicado este livro eu o consideraria um gênio, mas já que ele não publicou...
    Beijos!
    http://umavidachamadalivros.blogspot.com.br/

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  2. HAZEL GRACE. Eu sempre achava lindo quando o Gus falava isso. Ainda mais agora com o trailer vazado na internet, quero muito, muito mesmo ver o filme e reler o livro. =') amo A Culpa é das Estrelas

    beijos
    Kel
    www.porumaboaleitura.com.br

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