[Resenha] O Dom - James Patterson, Ned Rust

Os irmãos Allgood nunca desistem de lutar contra os poderes autoritários e desumanos d’O Único Que É O Único, mas, agora, eles estão sem Margô — a jovem e atrevida revolucionária; sem Célia — o grande amor de Whit; e sem seus pais — que provavelmente estão mortos... Então, em uma tentativa de esquecer suas tristes lembranças e, ao mesmo tempo, continuar seu trabalho revolucionário, os irmãos vão parar em um concerto de rock organizado pela Resistência onde os caminhos de Wisty e de um jovem roqueiro vão se cruzar. Afinal, Wisty poderá encontrar algo que lhe ofereça alguma alegria em meio a tanta aflição, quem sabe o seu verdadeiro amor... Mas, quando se trata destes irmãos, nada costuma ser muito simples e tudo pode sofrer uma reviravolta grave, do tipo que pode comprometer suas vidas. Enquanto passam por perdas e ganhos, O Único Que É O Único continua fazendo uso de todos os seus poderes, inclusive do poder do gelo e da neve, para conquistar o dom de Wisty... Ou para, finalmente, matá-la.

''' Muitos se esperam de bruxas malvadas e assustadoras que recebem grandes dons '' _ Wisty Algood

Título : O Dom ( The Gift )
#1 - Bruxos e Bruxas
#2 - O Dom

Autores:  James Patterson e Ned Rust

Páginas :    288 - Editora Novo Conceito

Não vou dizer que amei o primeiro volume. É uma leitura peculiar, mas me decair com expectativas já que com as críticas sobre a escrita de James Patterson, eu confesso que esperava mais. Em um resumo de tudo foi uma narrativa mediana, nem tão boa, mas nem com tantas coisas ruins que me fizessem abandonar. O Dom me fez olhar para a série com outros olhos e decair ainda mais com Patterson, foi uma coisa maçante e constituída por muitas atitudes idiotas dos personagens.

Atençao! A partir daqui contém spoilers para quem não leu o primeiro livro.

Depois de conseguirem achar uma brecha de esperança por terem encontrado outros revolucionários contra o governo da Nova Ordem, os irmãos Algood tem a determinação concentrada em achar seus pais que não vêem desde que foram tirado de casa. Mas claro que as pessoas contra o governo sabem que eles são os irmãos de uma estranha profecia e só os dois poderão salvar a todos da N.O. Cada vez mais, Wisty está conseguindo controlar seus poderes de bruxa e With tenta se concentrar na revolução em vez das coisas que perdeu, como seus pais, e Célia. A irmã mais nova quer alguma coisa comum e que lhe der mais forças na pressão em torno de seus poderes, e em um Show realizado para aqueles contra o governo, ela conhece alguém que possa lhe dá essa alegria. Ou não.

'' _ Meu Deus! O que uma pessoa tem que fazer para ficar famosa! _ comento, resignada _ É tão injusto! Pelo menos minha foto de bandida é melhor do que a do anuário da escola.

_ Com essa cabeça raspada ? Hum... Não sei não, Wisty.

_ Vou virar tendência. Isso aqui, mano, é estilo ' resistência chique '. Com certeza vai pegar ''

Eu nunca fiquei tão chateada com um livro. Sério, despencou quase totalmente meu senso de leitura, acho que só continuo a série por honra e nada mais. Primeiramente vamos as conclusões : a narrativa não fluiu como no primeiro livro, achei ela lenta de mais no começo e que divagou muito para as conclusões óbvias que estavam praticamente '' esfregado '' na cara dos personagens. Wisty, uma das minhas personagens que mais gosto por seu senso de humor que não se deixa abalar, ainda continua mesma o que me fez dá até um suspiro de alívio, mas senti que os autores colocaram coisas não muito de sua personalidade para ela fazer, trazendo a tona atitudes bastante idiotas e que dá vontade de dá uns tabefes pra ver se a menina '' acorda ''.

With Algood eu confesso que realmente demoro nas leituras do capitulo, nunca consegui compreender como ele pode ser tão lerdo e irracional em alguns momentos, quis dá uma de '' Pat '' no Lado bom da Vida e jogar o livro pela janela, mas me controlei porque era emprestado, então deixei um livro de lado um pouco para me acalmar. Ele até que evoluiu muito em comparação ao primeiro, mas o cara tem algum tipo de bipolaridade que faz com que em qualquer momento de emoção ele desligue o cérebro. Acho que o cara é capaz de correr pra cima de uma bala se ouvir a voz da Célia ou dois pais. Acho isso tão absurdo porque quando a Wisty narra eles estão todos agindo '' inteligentes '' e ela se vira pergunta pelo irmão e lá está ele indo diretamente pra morte ou quase causando a morte dos dois. É patético!

Em outras coisas só tenho a elogiar! A capa da Editora Novo Conceito é tão linda que eu me peguei admirando ela muitas vezes, adoro esse tom de azul combinado com o preto e essa mulher de perfil ( acho que é a Wisty ) feita com a fumaça meio azulada como se fosse parte da letra me encantou. Só acho meio exagerado colocarem até o ícone da editora em chamas azuis, mas tudo bem. A diagramação ficou demais e não encontrei erros.

Enfim, sempre vou dizer que gostei muito da ideia dos autores, não é uma coisa comum misturar a distopia e a fantasia ficcional, ainda mais a magia como das bruxas. Tem que ter muita coragem para esse tema e sim, não acho que ele foi tão bem desenvolvido. Algumas interrogações ainda ficaram na minha cabeça desde o primeiro livro e eu espero realmente que elas sejam respondidas no terceiro, O Único que é Único finalmente apareceu, mas ainda acho meio boba essa história de ele ter medo dos jovens que evoluciona com as músicas e etc., mas mesmo assim é interessante. Digo apenas que leiam se quiserem apenas experimentar o contexto, mas não recomendo para quem não tem muito estômago para narrativas lentas e óbvias que só se resolvem depois.

                                     ★★

''Imagine que tudo o que você mais ama no mundo – e nem deve dar valor – esteja banido. Seus livros, música, filmes, arte... tudo arrancado e levado para longe. Queimado. Assim é a vida sob a Nova Ordem, o tal governo – ou regime totalitário brutal – que dominou este mundo''